quinta-feira, 1 de março de 2012

Mapas: uma nova dimensão na análise de dados

Mapas são vistos como importantes instrumentos de orientação e localização, mas, bem utilizados, podem mostrar muito mais do que onde se está e para onde ir. Eles contribuem, e muito, nos processos de tomada de decisão.

John Snow foi considerado um dos pais da epidemiologia, por causa de seu trabalho no rastreamento da origem de um surto de cólera na Inglaterra, em 1854. Naquele ano, John, que era médico, usou um mapa para ilustrar como os casos de cólera estavam agrupados em torno de uma determinada bomba de água na Broad Street. Dessa forma, correlacionou mortes por cólera com a geografia das pessoas que moravam, trabalhavam ou estudavam perto desta bomba. Assim que a mesma foi interditada, o surto de cólera diminuiu em curtíssimo período de tempo.








155 anos depois, foi a vez de o Google Maps nos brindar com um exemplo recente dessa mistura de informações, localização e tecnologia, ao rastrear o surto de gripe suína, em 2009. A ferramenta baseava-se nas observações de que as pessoas gripadas buscavam pelo mesmo tipo de informação na internet e a dados provenientes de fontes oficiais. Assim, ao associar a geografia da consulta com o conteúdo pesquisado e estes dados oficiais, descobriu-se onde eram os focos da doença e em que estágio do surto se encontrava, permitindo ao Centro de Controle e Prevenção de Epidemias dos EUA tomar atitudes mais assertivas no combate da doença.


Estes são alguns exemplos criativos e extremos (cada um à sua época) de como mapas temáticos podem suportar importantes análises. Como uma das mais antigas formas gráficas de comunicação, os mapas antecedem até a própria escrita: representam, de forma integrada e simplificada, inúmeros fatores e dados, que nos ajudam a interpretar a realidade ao seu redor.

A dimensão visual que o mapa proporciona, pode potencializar diversos tipos de processos de decisão. Com a utilização de um sistema baseado em mapas digitais, softwares GIS e bases de dados diversas, informações de todos os tipos são distribuídas graficamente, podendo-se obter uma infinidade de análises de uma mesma região.

Desta maneira, independentemente do tipo de empresa em que você trabalha, existem diversas maneiras de visualizar os dados de seu negócio que podem trazer novas perspectivas.

Um mapa pode parecer simples, mas no fundo é uma ferramenta poderosa: ele permite que vejamos o mundo de outra maneira.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Geomarketing : de “nice to have” à necessidade básica

O geomarketing é composto por um conjunto de ferramentas e conceitos que envolvem análise geográfica e visualização de dados, a fim de detectar tendências e oportunidades que poderiam passar despercebidas através de análises tradicionais.

Uma coisa é ter uma lista de clientes por bairro. Outra coisa é poder ver em um mapa, onde estes clientes residem, quanto uma pessoa na área ganha e gasta por mês em determinados produtos e quais os concorrentes que atuam na área.

Esta forma de “ver” o mercado e entender o shopper, faz do geomarketing uma ferramenta imprescindível para alavancar os esforços de prospecção e de planejamento de marketing.

Recentemente, uma sondagem feita pela Amcham com 41 gestores e diretores da área de Marketing e Comunicação, indicou que empresas brasileiras já reconhecem as vantagens do uso do geomarketing para aspectos estratégicos de suas ações de Marketing : 61% dos consultados acredita que a ferramenta ajuda a ganhar conhecimento de mercado e 29% já utiliza o geomarketing na definição de mix de produtos e planejamento de comunicação.

Dos principais fatores citados para justificar a expectativa de que a adesão ao geomarketing tende a crescer no Brasil em 2012, destacam-se, o crescimento da concorrência, a busca por nichos de mercado e o desenvolvimento de classes com poder de consumo em novas regiões.

Como um país de grande extensão continental e diversidade demográfica, o Brasil já encontrava interessantes benefícios na utilização do geomarketing. Adicione um acelerado crescimento econômico e o geomarketing passa a ser necessidade básica para que as empresas possam acompanhar a movimentação de mercado e adequar sua oferta, recursos operacionais e esforço de marketing e vendas.

Na prática, o Brasil mudou, o shopper mudou e está mudando a passo acelerado. Executivos de Marketing e Vendas hoje buscam informações sobre “onde atingir o shopper da classe CD na área metropolitana de Belém ?” ou “que representante vai atender a área de Sinop”, que, para quem nunca ouviu falar, fica no norte do Mato Grosso.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

As oportunidades do conteúdo geo referenciado no Mobile Marketing

Um estudo do ConsumerLab para identificar as principais tendências de consumo para 2012, revelou que o acesso à Internet já passou a ser considerado item de primeira necessidade, sendo um dos últimos itens que os consumidores estariam dispostos a abrir mão se tivessem que reduzir gastos.
O estudo também revelou que o processo de adesão aos aplicativos de smartphones foi muito natural para o consumidor, principalmente devido à facilidade de interação propiciada pela tecnologia touch e navegação através de ícones, e que o mesmo está ávido por explorar os benefícios da conectividade em suas atividades diárias.
O hábito de se manter sempre conectado está direcionando o aumento da procura pelos smartphones. Segundo pesquisa realizada entre janeiro e agosto de 2011 pela GfK Retail and Technology, o consumidor brasileiro não só colocou o país na onda internacional de consumo de smartphones como também o fez se destacar em percentual de crescimento nas vendas deste produto. Enquanto no mundo a variação entre 2010 e 2011 ficou em 69%, no Brasil foi de 80%. Alem disso, estima-se que 84,5% dos brasileiros que possuem smartphones já contam com acesso à Internet e que destes, 71,7% baixam e usam aplicações móveis.
Esta tendência juntamente com as funcionalidades do GPS demonstra que o grande sonho de qualquer executivo de Marketing, pode estar prestes a tornar-se realidade: atingir o consumidor onde quer que ele esteja – literalmente.
Através do geomarketing conseguimos identificar onde o consumidor reside, onde freqüenta e onde estão os locais com maior potencial de mercado. Através do GPS, o target marketing pode atingi-lo no momento em que o mesmo está no papel de shopper.
Nesta última temporada de inverno nos EUA a Vicks, líder no fornecimento de remédio para resfriado e gripe, utilizou um aplicativo do Google (o Google Flu Trends) que fornece informações sobre as epidemias de gripe no país. Desta maneira pode atingir os shoppers que estavam nas áreas com níveis elevados de gripe, informando os PDVs mais próximos para encontrar o Behind Ear Thermometer, um novo termômetro lançado pela empresa. No Brasil, a Imobiliária Lopes lançou um aplicativo para usuários de Android que ajuda na busca de um imóvel. O aplicativo permite localizar os imóveis à venda mais próximos, traçar rotas para chegar ao imóvel escolhido, além de verificar os lançamentos.

Com o número crescente de usuários de smartphones, as aplicações deverão cada vez mais explorar o conteúdo geo referenciado, criando inúmeras oportunidades para que as empresas possam se conectar com seus consumidores/shoppers.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

De dados à informações

Há uma pergunta que sempre fazemos à equipe quando estamos por encerrar a fase de especificação de uma solução de Marketing Intelligence: "Há uma melhor maneira de mostrar ao usuário esta informação?". Sabemos que não basta apresentar ao cliente 35 KPIs em uma tela cheia de cores e gráficos. Acreditamos que o segredo está na simplicidade e na criatividade com que contamos uma história ao cliente.